Coronel Mário Fernandes Imbiriba



Coronel Mário Fernandes Imbiriba

Beatriz Lalor Imbiriba

Nasceu na cidade de Santarém em 20 de setembro de 1904 na casa da travessa dos Mártires nº 18, hoje 226. Permaneceu em Santarém até os 16 anos estudando com os professores Lindinha Rodrigues dos Santos, Herondina Alves, Álvaro Pinheiro, João Pena Ribeiro, Ermelinda D’O, Altino Nóvoa e Dr. Alarico Barata. Aos 17 anos, Mário foi para Belém prestar exames no Ginásio Paes de Carvalho e concluir o curso de humanidades, primeiramente no colégio de Carmo, interno e, depois, externo no Colégio Nazaré. Seguiu então para o Rio de Janeiro onde cursou a Faculdade de Direito e a de Engenharia, na Escola Politécnica Nacional. Ao fim do primeiro ano, desistiu do Direito e da Engenharia para matricular-se na Escola Militar do Realengo, em 1924. Declarado Aspirante em janeiro de 1928 e, no mesmo ano, Segundo Tenente, Mário serviu sucessivamente no Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Desejoso de servir em sua Amazônia, em 1930 solicitou transferência para Óbidos onde comandou a Bateria de Artilharia de Costa então ali existente. O ano de 1930 foi importante e marcou o jovem oficial para o resto da vida. Em primeiro lugar porque, em trânsito pelo Rio de Janeiro, a caminho de Óbidos, casou-se com Beatriz. No ano seguinte, 1931, atendendo a pedido do antigo mestre, Dr. Alarico Barata, então Promotor Público naquela cidade, o comandante da Fortaleza de Óbidos, Tenente Imbiriba, garantiu manifestação popular pacífica pela redemocratização do país. Este fato lhe angariou ódio eterno do Tenente Joaquim de Magalhães Cardoso Barata, Interventor no Estado do Pará. Avisado pelo Sargento Delegado de Polícia de Óbidos, Barata telegrafou de Belém ao Ministro da Guerra e o Tenente Imbiriba foi imediatamente transferido para o Rio de Janeiro. Mário passou o resto de 1931, politicamente neutralizado, cursando a Escola de Educação Física do Exército. Quando a Revolução Constitucionalista rebentou em São Paulo, em 1932, o jovem tenente, então servindo na Fortaleza de Santa Cruz, revoltado com o Governo Provisório, foi um dos próceres do movimento no Rio de Janeiro.

Derrotados, todos os militares constitucionalistas foram afastados do Exército, sem vencimentos. Agora civil, Mário Fernandes Imbiriba, em vésperas do nascimento de sua filha Nely, ministrava aulas de educação física, vendia publicações de Engenharia e escrevia artigos eventuais para jornais do Rio de Janeiro. Em busca de nova profissão, retornou à Faculdade Nacional de Direito.
Somente retornou ao Exército com a anistia de 1934. Levado pelo amor à sua Amazônia, pediu para servir em Óbidos.

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